quinta-feira, 23 de junho de 2016

Além das fotos – 03: O passarinho solitário

Santorini, Grécia
As ilhas gregas são famosas por sua beleza incontestável. Tive o prazer de conhecer pelo menos umazinha das muitas ilhas desse país encantador que é a Grécia. Fui à uma das mais populares, a ilha de Santorini conhecida por seu belo pôr-do-sol (o de Oía). Mar egeu, vulcão, comida boa e praias lindas! Foram poucos dias, corridos e com muita ventania. E lembro bem do dia de passeio por alguns cantos da ilha e do final estonteante com o pôr-do-sol de Oía. E entre muitos momentos, uma foto que fiz esperando o Sol se pôr é uma das minhas preferidas da viagem: um passarinho que mais parecia estar como nós contemplando a despedida do astro rei.

Essa foto é um reflexo da viagem, um reflexo das mudanças da vida e ainda mais cheia de símbolos pra mim. O pássaro está tão bem, tão inteiro, pousado em um daqueles telhados branquinhos (pelo que me lembro de uma igreja), curtindo o sol e esperando a hora de seu vôo. Lembro que foi fácil fotografar porque ele ficou um bom tempo ali parado, sem pressa de voar. E era esse o sentimento deste mochilão: contemplar o agora e não ter pressa. Voar na hora certa, com destinos incertos.

E a Grécia é um lindo cenário pra qualquer foto né? Precisando voltar lá, conhecer outras ilhas e ver outros pássaros inspiradores! Se não for mochilar por muito tempo, mas for pra Itália, Turquia, ou simplesmente quiser esticar até a Grécia, não hesite em fazê-lo! Um país cheio de história, lindos lugares e uma gastronomia maravilhosa!

Estou amando olhar além das minha fotografias junto com vocês!


Até o próximo post, galera!J

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Além das fotos - 02: A beleza de Machu Picchu e arredores


Machu Picchu
Machu Picchu era uma daquelas viagens sonhadas há tempos e não importa o tamanho da expectativa, pra mim esse foi um dos poucos lugares no mundo que superou essa expectativa. Foi onde o “bichinho da wanderlust” me pegou de vez. A energia, a história do lugar, aquele povo que ainda vive daquela história seja para sustento, seja na sua formação cultural. Cuzco/Machu Picchu me lembram cores, histórias riquíssimas de um povo cheio de ideias, de uma cultura que é berço da nossa América Latina. Essa cultura de nossos índios que em tantos momentos são tão esquecidas. É nossa raiz, é quem habitava esse continente antes de tantas descobertas. E o legado inca é belíssimo!

Passeio pelo Valle Sagrado, suas cores e suas llamas
Eu indico essa viagem pra todo mundo. Especialmente para nós latinos que nos conhecemos menos do que deveríamos. Peru é um trecho da fascinante América andina, que sonho em conhecer cada país e cada canto dessas lindas montanhas que formam a Cordilheira dos Andes. Mesmo com o ar rarefeito das grandes altitudes, vale a pena o coração mais acelerado e o soroche dos primeiros dias. Chegar a Machu Picchu, olhar aquelas ruínas, ouvir a história dali e olhar aquelas montanhas ao redor...é de tirar o ar!

Eu só fico um pouco triste de ter viajado assim que comprei minha câmera e mal sabia usá-la, apenas tinha aprendido a usar no modo manual em um vídeo no youtube e pronto. Hoje acredito que a quantidade de fotos seria bem menor e a qualidade delas melhor haahha, mas faz parte. Apesar do mundo ser enorme e ter tanta canto pra conhecer, esse é um canto que desejo voltar e emendar no resto do país para conhecer suas outras lindezas!



Espero que vocês curtam essa série de fotos e fatos tanto quanto estou curtindo escrevê-las! Até o próximo post, galera J

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Além das fotos - 01: Músicos de rua

Roma, Itália.

Eu sou fotógrafa. E foram justamente as viagens que me fizeram enxergar esse novo caminho que a fotografia é pra mim, então, vocês já imaginam que não falta fotografias de viagem, não é mesmo? Hahahaha. E pensando em compartilhar (mais) algumas delas com vocês resolvi criar uma série e falar um pouco além da imagem com vocês.

Paris, França
Cliffs of Moher, Irlanda
E hoje neste primeiro post  da série, trouxe mais de uma fotografia para dividir com vocês. Ao voltar, prestamos atenção em alguns registros da viagem e relembramos o que realmente nos chamou atenção por onde passamos. Depois que voltei do mochilão pela Europa percebi o quanto os artistas de rua foram captados por minhas lentes. Eram muitos e em muitos lugares. Não sei com exatidão o quão valorizados e respeitados eles são, mas a existência dessas manifestação artísticas nas ruas de lá é muito mais viva do que vemos aqui no Brasil (nossa cultura é linda, mas ainda não tão valorizada como deveria). Eles estão lá nas ruas, colorindo-as e fazendo trilha sonora para nossos passos. Em alguns momentos como personagens invisíveis e em outros ovacionados. Com seus chapéus esperando a contribuição dos transeuntes. Esperando algumas palmas. Esperando atenção do público para algumas músicas.

Madri, Espanha
Essa “arte espalhada por todo lugar” é tão interessante. Comecei a olhar mais os que ainda resistem por aqui. Comecei a observar em outras viagens essas manifestações também. É arte! E não tem como não surgirem boas lembranças fotográficas disso, não é? Então aqui encontramos algumas fotos de artistas de rua da Itália, França, Espanha e Irlanda.

Ainda tem muuuuuita foto pra compartilhar aqui, viu? Espero que vocês gostem tanto dessa série de posts quanto eu! Afinal, junto aqui dois amores: a viagem e a fotografia!

Até o próximo post, galera J

OBS: Também subi no youtube esses dois vídeos que fiz no mesmo mochilão:
https://www.youtube.com/watch?v=rlO_2lllDwY


terça-feira, 17 de maio de 2016

Curitibando

Jardim Botânico
Fui à Curitiba passar o réveillon e matar saudades de uma amiga, mas é claro que pude conhecer um pouco dessa fofa cidade que numa rapidez some com o calor e deixar você tremendo de frio! Curitiba vinha sendo minha “cidade escala” nos últimos réveillons (Ilha do Mel e Bombinhas) e então decidi parar nela e não fazer a cidade só de passagem como sempre. A chuva insistiu em cair quase todos os dias, mas nada como fugir do inferno que estava no Rio de Janeiro naquela época. Os primeiros dias foram pra botar o papo em dia com a amiga e preparar o réveillon (cheguei lá dia 30 no fim da tarde).

Bosque do Alemão
Passado o dia internacional da preguiça (primeiro de janeiro), fui “Curitibar”. Comecei pela Ópera de Arame, um teatro rodeado de verde e super bonito. De lá, conheci o Museu Oscar Niemeyer, com sua bela arquitetura e intervenções, mas acabei não prestigiando nenhuma exposição nesse dia. Depois segui para o fofo Bosque do Papa, um memorial de imigrantes poloneses ali pertinho mesmo do museu, muito verde com cara dos parques que encontramos pela Europa mesmo, vale muito a visita. Uma paradinha para o almoço num restaurante italiano (Mangiare Felice, se não me engano. Não é barato, mas a porção de comida dá pra dividir até 3 pessoas e a porção infantil é muito bem servida também, e foi de prato infantil que me alimentei hahahaa) e depois Jardim Botânico para encerrar o tour do dia. Bonito mesmo em dia de chuva, com suas lindas araucárias, flores e tudo mais!

O dia seguinte foi de bater perna pela fofíssima Feirinha do Largo da Ordem, onde passei facilmente boa parte do dia batendo perna e olhando as barraquinhas e toda variedade que uma feirinha pode ter. Ali pelo Centro histórico tem a Mesquita Imam Ali (Mesquita de Curitiba) e foi uma experiência super bacana entrar nela (tem dias de visitação e esse era um deles), o mundo está aí cheio de culturas diferentes e todas merecem nosso respeito. Arquitetura belíssima e cores lindas dentro da mesquita, eu e minha amiga entramos devidamente vestidas com um pano que eles dão na entrada.
Mesquita de Curitiba

No outro dia trabalhei um pouco e fiz umas fotos pra minha amiga (podem ver mais aqui: https://www.facebook.com/EllenPedercaneFotografia) e conheci o Parque Barigui. E sim, os parques em Curitiba são todos lindos e bons lugares para bater um papo, olhar o verde no meio da cidade. E o próximo já era meu último dia em Curitiba e fui ao Bosque do Alemão, outra fofura da cidade, com a trilha João e Maria e a sensação de realmente estar em algum conto infantil.

Parque Barigui
Essa foi minha breve passagem por Curitiba. E pra mim não pode faltar: ida ao Madero (gostei mais do Sport, por ter mais variedade além dos hambúrgueres que são o carro chefe da casa), Rua 24 horas, passeio pelas praças da cidade(passei pela Espanha e do Japão), todos os parques que falei acima e o Parque Tanguá que infelizmente não fui. Curitiba pode ser uma cidade fria de temperatura, mas é uma fofura. Vale a ida e quem puder esticar pelo litoral paranaense, aproveite (eu sou apaixonada pela Ilha do Mel, vide post: http://ideiasmochileiras.blogspot.com/2014/12/um-doce-de-ilha-ilha-do-mel.html).

Obs: Sei que sempre deixo os gastos aqui, mas esqueci completamente de anotar :\ e minha estadia foi na casa da minha amiga, ou seja, sem dica de lugar pra dar.

Até o próximo post, galera!  J


E se quiserem ver os ensaios (books) fotográficos que fiz lá:

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Chi chi chi le le le - Viva Chile!

Cordilheira linda!
E tem POST novo? Tem! Depois de ter que “sossegar” com as viagens para recomeçar a vida (devidamente explicado aqui neste post: http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/2016/01/e-por-que-nao-tem-post-novo.html), as viagens estão devagarzinho voltando por aqui. Uma das minhas irmãs está morando em Santiago e a passagem por lá já era mais que obrigatória. Passei um pouco mais de uma semana por lá, mas sempre acaba faltando algum lugarzinho pra visitar não é?

Bom, viajar com estadia gratuita é sempre ótimo! Levei uma amiga e ficamos onde minha irmã mora, em Maipú. O início do outono foi de dias quentes com manhãs e noites bem fresquinhas. E andamos muito, muito, muito e mais um pouquinho!

No primeiro dia andamos pelo Centro de Santiago, começamos a caminhada pela Plaza de Armas. Bom, antes de caminhar começamos comendo o completo (cachorro quente) chileno e indico muito para os amantes de cachorro quente ou não! Tem vários tipos, experimente todos os sabores que puder! Começamos pela Catedral Metropolitana que fica na praça mesmo e depois seguimos pelo Centro passando pelo Centro Cultural Palacio de La Moneda (que estava com uma exposição fotográfica bem bacana sobre o Chile e seu povo) e muitas igrejas que assumo não recordar o nome: todas com uma belíssima arquitetura.
Quinta Normal

No outro dia começamos pelo Museu de Belas Artes de Santiago e de lá partimos para o Cerro de Santa Lucía, que possui uma vista bem bonita da cidade. Continuamos nossa caminhada pelo Centro passando pela Igreja de San Agostín, onde fica o Cristo de Mayo, imagem se manteve intacta durante um terremoto com apenas uma mudança: a coroa de espinhos caiu para o pescoço e não conseguiram colocá-la novamente na cabeça de Jesus (se entende espanhol, leia melhor a história aqui: http://www.guioteca.com/fenomenos-paranormales/cristo-de-mayo-una-increible-y-milagrosa-historia/. Seguimos para o Mercado Central, mas já estava fechado e acabamos indo para um pé sujo que dizem ter o melhor drink terremoto de toda cidade: o La Piojera.

O terceiro dia foi mais tranqüilo, fomos para a Quinta Normal e visitamos dois museus beeem bacanas o Museo de La Memória y los Derechos Humanos, com uma exposição muito boa sobre a ditadura militar chilena e o Museu Ferroviário, com vários trens antigos.  O dia seguinte também foi dos tranqüilos, fomos ao La Moneda ver a troca de guarda (ocorre dia sim, dia não às 10 da manhã) depois continuamos pelo Centro e fomos até a Plaza Brasil (mais ao acaso do que de propósito hahaha). À noite fomos ao bairro boêmio Bellavista com muito karaokê e reggeaton para bailar!
Troca de Guarda

E no quinto dia conhecemos as ruas de Bellavista pela manhã a caminho de La Chascona, uma das casas de Neruda que hoje é uma casa-museu desse maravilhoso escritor, vale muito a visita. A entrada custa 6.000 pesos. Infelizmente só pude ir nessa cada de Neruda, mas ainda tem a La Sebastiana em Valparaíso e a de Isla Negra. Depois fomos ao Cerro de San Cristóbal, mais alto que o de Santa Lucía e com uma vista ainda mais incrível da cidade! É dos passeios indispensáveis!

O dia seguinte foi mais leve, ficamos ali pela municipalidad de Maipú mesmo, onde minha irmã mora. Comemos no Mercado Municipal de Maipu, o tamanho dos peixes de cada prato eram muito grandes e vale a pena experimentar o peixe frito/empanado deles, diferente e bem gostoso! De lá fomos ao Templo Votivo de Maipú ou Basílica de Nossa Senhora de Carmem, onde há um mirante bem bacana da região. E curiosamente o rapaz que trabalha lá está estudando português, é um apaixonado pela cultura brasileira e quis conversar um pouco conosco.

La Chascona
Depois de tanto andar por Santiago estava na hora de fazer um bate volta para Valparaíso e Viña Del Mar. Pegamos ônibus para la no terminal de ônibus Pajaritos. Todo calor que fazia em Santiago, não fazia por lá. Dia bem friozinho e nublado em boa parte do dia. Chegamos andando em um os elevadores (ascensores) que são famosos em Valparaíso. Aproveitamos a vista e depois seguimos de ônibus para o Cemitério. Sim, os cemitérios lá são bem bonitos e indicados para passeios turísticos (é estranho, mas vale a experiência). Outra experiência fantástica é pegar um ônibus comum, pois são totalmente vidaloka e correm como se não houvesse amanhã nas subidas e descidas de Valparaíso. Valparaíso é colorida, cheia de subidas e mirantes bonitos. Comemos em um restaurante com sanduíches gigantescos, o Mastodonte, e partimos para Viña Del Mar.

Em Viña o Sol foi nosso amigo e apareceu um pouco, deixando a paisagem balneária mais bela! Mesmo com o mar gelado, ir lá e tocar no Oceano Pacífico é algo obrigatório! Continuamos passando pela cidade, passamos (e não entramos) pelo Casino, Plaza Colômbia e por um Moai original da Ilha de Páscoa que há na cidade.

Últimos dias foram para conhecer mais as ruas do Centro de Santiago, visitar feirinhas (tem uma ótima próxima ao Cerro de Santa Lucía) e a Estação Central de trem. E deixamos para o último dia conhecer o lindíssimo Cajon Del Maipo, que fica ali no pé da Cordilheira com aquela vista de tirar o fôlego! Lá também se encontram piscinas termais, mas deixamos para próxima ida ao Chile. Antes de viajar li em alguns blogs que não recomendavam fazer passeio pela Cordilheira sem neve. Bom, aí fica a critério de cada um, mesmo estando sem neve e no início do outono o visual é tão lindo que acredito que pra mim já valeu a pena.
Cajón del Maipo

Além desses passeios não deixe de comer: o completo (cachorro quente),frutos do mar (pra quem curte), salmão, ceviche, cazuela chilena e outra coisas mais. Ah, se gosta de abacate você encontrará ele tanto no completo como no japonês, e acredite, fica uma delícia! Beba pisco, beba terremoto, enfim, beba!

Até a próxima, galera!

Estadia: Grátis.
Gastos totais (comida, locomoção): R$500
Passagem: R$1.0001