sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Primeiros passos para o mochilão


Bagagem pronta! 
Um mochilão não nasce de um dia para o outro. E não seria diferente no meu caso. Em agosto de 2013 fui para Machu Picchu e a voltei de lá com a vontade de “continuar indo”. Meses se passaram e a cada história de viajante que eu lia, mais meus olhos brilhavam! E eu muito conversava isso com um amigo até que em um dia de novembro voltando do curso de fotografia resolvi tirar dos pensamentos e falei: “ano que vem quero passar um tempo longe.” Dali até fazer o roteiro e comprar a passagem, foi um longo período. Minha família não assimilou tão facilmente a ideia e o processo foi longo. Conversei muito em casa e com alguns amigos, que me acharam um pouco louca, mas me deram todo o apoio e amor do mundo.
Em março, depois de estudar roteiros e possibilidades comprei minha passagem. E de março até maio fui acertando meu pedido de demissão, contando para outros amigos e familiares (dica de vida: alguns planos contamos pro menor número de pessoas possíveis, é melhor, causa menos burburinho). A princípio, teria só a companhia da minha irmã na Itália por 20 dias, mas nos 45 minutos do segundo tempo uma menina que conheci em janeiro virou minha companheira de aventuras e embarcou comigo nessa estrada.
Eu, minha irmã Teresa e o Pinóquio em Roma
Tirando a Itália, onde ficamos em hostel e na casa de dois amigos em Verona, nosso intuito era: quanto menos estadias pra pagar melhor. Claro que eu já tinha uma grana guardada, mas quanto menos a gente pode gastar, menos iremos gastar, afinal existem mais viagens a fazer. Então, recorremos a amigos, a amigos de amigos e à Arte de Viver, uma ONG que freqüentamos que tem como prioridade livrar o mundo do estresse através de técnicas de respiração, yoga e meditação (saiba melhor em http://www.artofliving.org/br-pt).

E sim, quem mais nos acolheu e nos salvou em diferentes momentos foram às pessoas que conhecemos graças a Arte de Viver. O couchsurfing só nos ajudou uma vez, mas o importante é que nos ajudou e acrescentou ainda mais aprendizado nessa estrada.
E farei uma série de posts com as histórias, os gastos, o aprendizado desses dias tão lindos que estarão sempre na memória. No começo, alguns achavam que era fuga. Outros achavam que eu estava louca. E alguns me entenderam desde o início. Mochilar está além de simplesmente viajar, curtir os lugares e tudo mais. Foi uma viagem para dentro tanto quanto para mundo afora e minha companheira de aventuras estava exatamente na mesma vibe que eu. Resolvemos tanta coisa, pensamos em outras, puxamos orelha uma da outra e vivemos cada segundo como devia ser.
Eu e minha companheira de aventuras, Simone, em Zagreb
Espero que vocês possam aproveitar cada palavrinha da minha aventura junto comigo. Embarquem na minha jornada enquanto eu a revisito. Foram 11 países (a princípio seriam só 10, mas acabamos passando uma noite em um país que estava no meio do caminho): Itália, Grécia, Croácia, Alemanha, Holanda, Bélgica, Irlanda, Inglaterra, França, Espanha e Portugal. 82 dias, um roteiro modificado ao longo da viagem e um gasto total em torno de R$12 mil reais (depois detalharei melhor as contas ;]). Então é isso, a partir da próxima semana, começo a série Mochilão na Europa! Não percam!

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