Beleza de João Pessoa - PB |
Viajar sem uma câmera hoje em dia
é impensável, não é mesmo? Até porque a facilidade é cada vez maior, visto que,
há uma infinidade de celulares com câmeras razoáveis, câmeras compactas,
compactas avançadas que cabem no bolso e tantas outras mais para garantir bons
e belos registros por esse mundão afora. Hoje me deparei com um texto sobre
fotografia que dentre outras coisas falava da relação da mesma com as viagens
atualmente e como toda essa facilidade (e alguns outros aspectos culturais) levou
muitos de nós a clicar “sem freio”. Como já havia pensado em escrever sobre
isso aqui pro blog e a vontade ficou ainda maior!
Dublin, Irlanda |
Acho que aprendi de verdade a
fotografar nesse mochilão do ano passado, porque especialmente com a câmera
digital virou necessidade registrar cada passo dado em uma viagem. Parece que
fotografamos mais a viagem do que vivemos a mesma. Será um novo “mal do
século”? Se não fotografei não viajei? Bom, vimos recentemente que uma menina
criativa com um (muito) bom conhecimento de photoshop montou uma viagem que não
existiu, então fica o debate, será que não deveríamos (re) aprender a
fotografar?
No meu primeiro mini mochilão em
Machu Picchu (2013), eu exagerei muito na dose. Ainda com pouca noção de
fotografia e sabendo mexer pouco na câmera que havia acabado de comprar (Nikon
D5100), cliquei demais e assumo que se eu parar para olhar com atenção hoje, jogo
uma quantidade razoável de fotos fora. Mas, como estudante apaixonada e
fotógrafa iniciante, confesso: ainda exagerei um pouco no primeiro país do
mochilão pela Europa (2014), no caso, a Itália. (veja o início dos relatos
aqui: http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/2015/02/italia-parte-1-roma.html).
A loucura de selfies no Louvre |
Fiquei enlouquecida. Não sabia se
contemplava, se fotografava ou se curtia aquela experiência e saí clicando como
se não houvesse amanhã. Quando resolvi parar para olhar as fotos, percebi que
aqueles 1.500 cliques em 20 dias eram um pouco de exagero. Não se trata de ser
“sério” com a fotografia, mas é sempre bom pensar que tipo de memória estamos
produzindo. Será que estamos tão esquecidos que só lembramos daquilo que
fotografamos? Não sei nem se damos conta de apreciar todas as fotos que tiramos
e nem de apreciar devidamente tudo que está a nossa frente.
E quando cheguei à Grécia
(segundo país do mochilão), comecei a perceber que precisava pisar no freio.
Comecei a contemplar mais toda aquela maravilha que estava diante de mim e
aprendi a olhar melhor, tirar melhores fotos, até porque as melhores fotos não
são tiradas a esmo, você a pensou ou durante a contemplação veio o insight (do
tipo: isso dá uma bela foto). E não, isso não é papo só de fotógrafo, há muitos
amadores que clicam bem na hora certa. Mas fica um pouco difícil parar e
refletir sobre isso quando vivemos um momento “tudo vai parar nas redes sociais”.
E com isso vamos descontroladamente clicando, clicando, clicando...e compartilhamos
sem filtro também, até sem propósito em alguns momentos.
Cuzco, Peru. |
Não digo que as redes sociais
sejam completamente vilãs, afinal ela nos ajuda a mesmo longe compartilhar bons
momentos com pessoas queridas (no meu caso foi muito importante pra deixar o
coração da mãe tranqüilo hehehe), mas o tal do mal uso e do exagero na hora do
que compartilhar, vejamos
os inúmeros tipos de selfies
(acordando, comendo e por aí vai) com os quais nos deparamos hoje. Se podemos compartilhar coisas mais
úteis (no caso aquelas fotos melhores), então façamos isso. Nada de automático:
cliquei, logo compartilhei. Pensar um pouquinho sempre pode ser melhor do que
clicar para a viagem existir!
Câmeras
Algumas pessoas já vieram me
perguntar qual tipo de câmera comprar e esse é sempre um conselho não muito
fácil de dar. Há uma infinidade de tipos e cada um deve ver o que melhor atenderá
às suas necessidades. Para alguns, um celular com uma câmera melhor pode ser o
suficiente, uma compacta comum ou uma avançada, para os mais aventureiros as
câmeras de ação (Go Pro e afins) e os que prezam mais pela qualidade da imagem,
as DSLR e suas variações serão a melhor opção. Resumindo, é preciso de um pouco
de pesquisa e você estará pronto para viajar e guardar os bons momentos.
Então, é isso. Até o próximo
post, galera! J
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