quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fotografia e Viagens

Beleza de João Pessoa - PB
Viajar sem uma câmera hoje em dia é impensável, não é mesmo? Até porque a facilidade é cada vez maior, visto que, há uma infinidade de celulares com câmeras razoáveis, câmeras compactas, compactas avançadas que cabem no bolso e tantas outras mais para garantir bons e belos registros por esse mundão afora. Hoje me deparei com um texto sobre fotografia que dentre outras coisas falava da relação da mesma com as viagens atualmente e como toda essa facilidade (e alguns outros aspectos culturais) levou muitos de nós a clicar “sem freio”. Como já havia pensado em escrever sobre isso aqui pro blog e a vontade ficou ainda maior!


Dublin, Irlanda
Acho que aprendi de verdade a fotografar nesse mochilão do ano passado, porque especialmente com a câmera digital virou necessidade registrar cada passo dado em uma viagem. Parece que fotografamos mais a viagem do que vivemos a mesma. Será um novo “mal do século”? Se não fotografei não viajei? Bom, vimos recentemente que uma menina criativa com um (muito) bom conhecimento de photoshop montou uma viagem que não existiu, então fica o debate, será que não deveríamos (re) aprender a fotografar?

No meu primeiro mini mochilão em Machu Picchu (2013), eu exagerei muito na dose. Ainda com pouca noção de fotografia e sabendo mexer pouco na câmera que havia acabado de comprar (Nikon D5100), cliquei demais e assumo que se eu parar para olhar com atenção hoje, jogo uma quantidade razoável de fotos fora. Mas, como estudante apaixonada e fotógrafa iniciante, confesso: ainda exagerei um pouco no primeiro país do mochilão pela Europa (2014), no caso, a Itália. (veja o início dos relatos aqui: http://ideiasmochileiras.blogspot.com.br/2015/02/italia-parte-1-roma.html).

A loucura de selfies no Louvre
Fiquei enlouquecida. Não sabia se contemplava, se fotografava ou se curtia aquela experiência e saí clicando como se não houvesse amanhã. Quando resolvi parar para olhar as fotos, percebi que aqueles 1.500 cliques em 20 dias eram um pouco de exagero. Não se trata de ser “sério” com a fotografia, mas é sempre bom pensar que tipo de memória estamos produzindo. Será que estamos tão esquecidos que só lembramos daquilo que fotografamos? Não sei nem se damos conta de apreciar todas as fotos que tiramos e nem de apreciar devidamente tudo que está a nossa frente.

E quando cheguei à Grécia (segundo país do mochilão), comecei a perceber que precisava pisar no freio. Comecei a contemplar mais toda aquela maravilha que estava diante de mim e aprendi a olhar melhor, tirar melhores fotos, até porque as melhores fotos não são tiradas a esmo, você a pensou ou durante a contemplação veio o insight (do tipo: isso dá uma bela foto). E não, isso não é papo só de fotógrafo, há muitos amadores que clicam bem na hora certa. Mas fica um pouco difícil parar e refletir sobre isso quando vivemos um momento “tudo vai parar nas redes sociais”. E com isso vamos descontroladamente clicando, clicando, clicando...e compartilhamos sem filtro também, até sem propósito em alguns momentos.

Cuzco, Peru.
Não digo que as redes sociais sejam completamente vilãs, afinal ela nos ajuda a mesmo longe compartilhar bons momentos com pessoas queridas (no meu caso foi muito importante pra deixar o coração da mãe tranqüilo hehehe), mas o tal do mal uso e do exagero na hora do que compartilhar, vejamos os inúmeros tipos de selfies (acordando, comendo e por aí vai) com os quais nos deparamos hoje.  Se podemos compartilhar coisas mais úteis (no caso aquelas fotos melhores), então façamos isso. Nada de automático: cliquei, logo compartilhei. Pensar um pouquinho sempre pode ser melhor do que clicar para a viagem existir!

Câmeras

Algumas pessoas já vieram me perguntar qual tipo de câmera comprar e esse é sempre um conselho não muito fácil de dar. Há uma infinidade de tipos e cada um deve ver o que melhor atenderá às suas necessidades. Para alguns, um celular com uma câmera melhor pode ser o suficiente, uma compacta comum ou uma avançada, para os mais aventureiros as câmeras de ação (Go Pro e afins) e os que prezam mais pela qualidade da imagem, as DSLR e suas variações serão a melhor opção. Resumindo, é preciso de um pouco de pesquisa e você estará pronto para viajar e guardar os bons momentos.



Então, é isso. Até o próximo post, galera! J

Nenhum comentário:

Postar um comentário